20091016

Mimo

Diwali - 2009


Amanhã celebra-se o Diwali.
Prepare a sua Festa das Luzes.
Alimente sua luz.

Como amanhã também é lua nova, aproveite e reflita sobre o seu caminhar no Yoga e se sua prática tem feito sua pessoa, sua vida ampla e generosa.

Que seja um período para tomarmos consciência e gratidão do quanto estamos mais luminosos, mais crescidos e mais fecundos por conta da nossa busca, do nosso empenho, do nosso entendimento, e capazes de estender a Graça ao nosso redor.

20091014

aulas de yoga para cadeirantes


Yoga: uma prática compassiva
Estúdio em Cena oferece aulas de yoga para cadeirantes

Por Kelly Juste,
fotos Rapha Bathe
Com a intenção de democratizar o seu espaço, a Estúdio em Cena também oferece aulas de yoga para cadeirantes – pessoas que usam cadeiras de rodas. O objetivo é mostrar que estar em uma cadeira de rodas não é motivo para pensar na impossibilidade de levar uma vida normal. É verdade que os primeiros momentos de adaptação não são dos mais simples, e que as barreiras arquitetônicas emperram um pouco o processo. De qualquer forma, é necessário ter a convicção de que existem sim formas de seguir adiante. E tudo fica mais fácil na medida em que a inclusão passa a orientar todos os setores da sociedade.

A dinâmica de uma aula de yoga para cadeirante é a mesma. Aliás, de acordo com a professora de Hatha Yoga, Maria Fernanda Senger, é fundamental não fazer uma distinção entre os alunos. “As minhas turmas são mistas. E é dessa forma que tanto os andantes, como os cadeirantes, podem aprender um do outro. Fica mais fácil para cada um deles entender melhor os movimentos”.

Existem duas maneiras principais de conduzir a aula. Uma delas é com o cadeirante deitado no chão. Nessa posição ele passa a imitar os gestos das posturas que o professor está fazendo em pé. A outra forma é utilizando a própria cadeira de rodas, mas ele deve estar preso a um cinto para não haver o risco de cair. Dos dois modos é importante, quando necessário, que o cadeirante conte com o auxílio de um acompanhante, o que o ajudará a executar todas as posturas. “O cadeirante pode ser movido por um colega, mas eu estou sempre supervisionando. É fundamental que o professor esteja muito atento a tudo que o aluno esteja fazendo e sentindo”, orienta MaFê, como é conhecida a professora.


Apesar de muitos professores criticarem o uso de acessórios, como cintos, blocos, cadeiras, cobertores e bancos, eles acabam sendo fundamentais. Para os cadeirantes, essa é uma maneira dele ganhar mais confiança na hora de fazer as posturas. “Em uma postura como o Virabhadrāsana, por exemplo, o aluno precisa se deslocar para a ponta da sua cadeira de rodas. E para não existir o risco dele cair, é colocado um cinto para segurá-lo. Assim, ele consegue flexionar o joelho da perna da frente e deixar a detrás estendida”, exemplifica MaFê. E o mesmo se aplica aos andantes, já que os limites de cada um varia. “Utilizar acessórios é uma maneira de democratizar o yoga. É sinal de inteligência e não de preguiça ou falta de capacidade. É sinal de que você quer aproveitar o melhor de cada postura”, completa.

E como o yoga é uma prática democrática, os benefícios que ele proporciona são praticamente os mesmos que os disponibilizados a todos. Por isso, andantes e cadeirantes observam uma diminuição das tensões do corpo, dos distúrbios do humor, como depressão e ansiedade, e com a constância chegam a sentir o benefício de uma mente pacificada, o que significa menos pensamentos por unidade de tempo.

Também vale destacar que a aula em grupo contribui para a socialização e a alteridade do cadeirante. Além disso, o yoga lhe oferece um repertório de movimentos novos, o que auxilia a prevenir a formação de coágulos sanguíneos, e os machucados na pele, pelo fato de parte do seu corpo estar ‘sempre’ na mesma posição. O movimento pode permitir o equilíbrio do tônus muscular, diminuindo a espasticidade - aumento do tônus muscular, no momento da contração, causado por uma condição neurológica anormal. Os músculos espásticos são mais resistentes à contração do que os músculos normais e também custam mais a se relaxar, permanecendo contraídos por um período de tempo mais longo do que os músculos normais.

Ao colocar em movimento as partes do seu corpo que estão paralisadas, o cadeirante começa a trabalhar de forma mais eficiente o seu organismo, mas essa percepção depende muito de sua sensibilidade. “Um corpo parado engessa a matriz nutricional que existe entre as células e por isso o metabolismo não consegue eliminar o ‘lixo’ produzido pelo nosso corpo, nem absorver os nutrientes. Quando você movimenta o seu corpo, a matriz entre as células amolece, o que permite que essas trocas sejam feitas. É isso que leva saúde para o nosso organismo, a partir do nível da célula”, detalha MaFê.

Na medida em que o cadeirante inclui a prática do yoga em sua rotina, ele passa a ter uma percepção mais refinada de si mesmo e da relação com o mundo ao seu redor. Cada pessoa, e isso não se restringe aos cadeirantes, tem um tempo para organizar a sua propriocepção. É uma tarefa delicada, que exige paciência. “Vão existir aulas boas e ruins, porque é um processo, no qual você precisa de um tempo para entender a organização interna do seu corpo. Você não vai à aula para julgar, ser julgado, nem copiar, nem fazer nada alucinadamente. Precisa primeiro sentir, entender, prestar atenção, antes de fazer”, finaliza Maria Fernanda.


Horários

Hatha Yoga para Deficientes blogado no UOL

A inclusão de alunos cadeirantes foi anotada no blog do Jairo Marques,
Assim como você.

Clique aqui, leia lá...

20091009

Agora


Perceber a contração e extensão dos músculos,
orientar e adequar essa tesão,
como afinar um instrumento de cordas.

Perceber o ponto certo da ação muscular,
(contair, estender, girar, permanecer)
agora,
é se fazer presente,
se tornar ao vivo.

É como fazer a nota em um instrumento musical 'destemperado'.

* Instrumento musical 'destemperado' são intrumentos onde a nota precisa ser encontrada, sentida, como ocorre na família dos instrumentos de corda dos cellos e violas e violinos. Os intrumentos temperados possuem as notas prontas (desde que devidamente afinados), ou mais fáceis de localizar como na família dos pianos, violões, guitarras, baixos trastejados.

20091007

Tambor


'Perder' a rigidez nos ombros, escápulas e pescoço está diretamente relacionado com aprender a destensionar as costelas, clavículas e externo, alem dos ombros, escápulas e pescoço.(Todas as partes juntas forma o relicário chamado caixa toráxica, muito mais gaiola flexível do que caixa.)
Tem a ver com perceber a pele sobre o externo suave, o externo desempinado (deixando de estar projetado para fora e para cima, feito o SuperHomem: para ao alto e avante!) e a pele entre as escápulas desamassada, delicadamente estendida.
Estender essas peles é estender a pele 'do' coração, é se inclinar a desarmar atitudes de prevenção, deixar de desejar o controle.

É feito se deixar aquecer (com os āsanas) para estender as peles, como se esquentam os tambores, na fogueira.
Precisa têmpera(tura) certa, para depois se fazer um barulhinho bom, ritmado e no tom certo.

Resultados:
Mais liberdade de ação,
menos gesso,
respiração ampla, livre,
coluna estendida,
sem pesar (os ombros),
sentimentos equilibrados,
propriocepção oportuna dos estados emotivos,
plenitude pra amar.

Claro, manter em foco que todo e qualquer movimento mobiliza os músculos de respirar, e portanto 'interfere' na mobilidade da gaiola toráxica.
Quanto mais liberdade de respirar, mais autonomia de se mover.
E vice-versa.

20091004

Síndrome do Pânico

O que é, perguntas e respostas, por um psiquiatra.


(você não enlouqueceu, o vídeo está com a imagem atrasada em relação ao som.)



A prática de Hatha Yoga pode ajudar conforme já mostrado pela declaração do Dr. Ricardo Monezi Julião de Oliveira, professor do curso de pós graduação em Medicina Comportamental, do departamento de Psicobiologia da UNFESP no post 'antigo' 'Pesquisa da UNIFESP sobre os benefícios do Yoga':

“O Yoga incentiva os praticantes a tomarem consciência de seu corpo e de suas tensões através de posturas físicas. Além disso, por focar o autoconhecimento, concentração e meditação, sua prática também pode contribuir para facilitar a autoconfiança e um sentimento pessoal de maior senso de controle e qualidade de vida”.

Isso!
Identificações das tensões e de seus reflexos no corpo, nas emoções e na mente (acelerações, excitações), para, depois da identificação, aprendermos o caminho de diminuir a excitação através dos āsanas/posturas. Passamos de estranhos a nós mesmo e por vezes, auto-sabotadores a nossos verdadeiros colaboradores.

Nos casos de patologias comportamentais, o professor de Hatha Yoga que conhece, pratica e divulga o Método Iyengar tem condição privilegiada de indicar uma ou mais āsanas/posturas que contribuirão em trazer a pessoa de volta à coordenação de suas funções mentais e psicofísicas.

Mas atenção, somente um médico competente pode receitar ou retirar os medicamentos. Praticar Hatha Yoga não exime de continuar com sua prescrição medicamentosa.

20091003

DYS - 1.2


yogash chitta vritti nirodhah

Yoga = jungir, união
Chitta = consciência; complexo ego-mente-intelecto
Vrtti
= modificação, ondulação, modo de conduta, flutuação
Nirodhah = cessação, supressão, contenção, restrição

'Muitos tradutores repetem o significado que a leitura literal desta frase parece sugerir: 'Yoga é a supressão da vida psico-mental'. Ou, 'Yoga é o controle das funções mentais'. Ou anda, 'Yoga é a obliteração das ondulações do pensamento'. No entanto, há um abismo enorme entre estas afirmações, que surgem da tradução direta daquelas quatro palavras, e o que realmente acontece com o psiquismo no estado de Yoga.(...)

Yoga é a cessação da [identificação com] as modificações da consciência'. Trocando em miúdos, isso significa que é necessário construir uma relação diferente com a mente, o ego e a inteligência, já que a identificação com aquilo que pensamos nos tira do estado natural de harmonia.' (Pedro Kupfer, leia tudo aqui.)

Leia mais aqui no blog
Leia mais em outro blog.

Já que segundo os neurologistas, parar de pensar é impossível, o encaminhamento produtivo se mostra ter consciência de nossas sensações, sentimentos e pensamentos, para poder lapidá-los:

Pesquisa da Unifesp sobre os benefícios do Yoga


Departamento de Comunicação e Marketing Institucional da UNIFESP

PESQUISA DA UNIFESP ENCONTRA MELHORA NOS NÍVEIS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO NOS PRATICANTES DE YOGA

O estudo verificou quase 70% de melhora no índice mínimo de depressão dos praticantes

Um trabalho realizado pela pesquisadora Thais Godoy, do Instituto de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) encontrou resultados que demonstraram que os efeitos da Yoga melhoram os sintomas do humor e da qualidade de vida dos praticantes. Isso inclui significante melhoria do estado de saúde e satisfação de vida dos participantes.

O estudo verificou a eficácia da prática do Yoga como um recurso terapêutico, que pode ser utilizado como terapia complementar por qualquer indivíduo ou ainda como importante recurso nos tratamentos psicológicos ou psiquiátricos, indicados para qualquer tipo de problema comportamental.

O desenvolvimento de um programa de Yoga em um ambiente empresarial, como o executado neste estudo, sugere também que ao melhorar a qualidade de vida dos funcionários melhora também a sua produtividade. “O Yoga incentiva os praticantes a tomarem consciência de seu corpo e de suas tensões através de posturas físicas. Além disso, por focar o autoconhecimento, concentração e meditação, sua prática também pode contribuir para facilitar a autoconfiança e um sentimento pessoal de maior senso de controle e qualidade de vida”, afirma Dr. Ricardo Monezi Julião de Oliveira, professor do curso de pós graduação em Medicina Comportamental, do departamento de Psicobiologia da UNFESP.

O cálculo da amostra foi realizado partindo de um projeto piloto contendo 15 indivíduos de um grupo experimental de uma empresa e 15 no grupo de controle (que não realizou a prática). Entre os diversos resultados obtidos, constatou-se que 68% dos indivíduos do grupo Yoga apresentavam índice mínimo de depressão, enquanto no grupo que não pratica apenas 39% apresentaram tal melhora. Outro dado importante foi o grau de ansiedade do grupo Yoga que apresentou grau mínimo de ansiedade (76%), sendo que os indivíduos do grupo de controle apresentaram apenas 7%.

Na comparação dos dois grupos (que praticam e os que não praticam), foram constados diferentes níveis de ansiedade antes e depois da inserção do Yoga em suas vidas. Só para se ter uma idéia, o grupo que pratica Yoga começou com 24% no nível mínimo, 52% no leve, 20% no moderado e 4% no grave. Ao final de três meses, o resultado foi de 19% no nível mínimo, 6% no leve e nenhuma pessoa mais nos níveis moderado e grave. Desta forma, concluiu-se claramente que o grau de ansiedade das pessoas diminuiu drasticamente após as práticas.

No item qualidade de vida que engloba questões relacionadas à satisfação com a vida e com a saúde, foi observada significativa melhora no final do programa, tanto para os praticantes como o integrantes do grupo que não praticaram Yoga.

Vale lembrar que a idade dos participantes variam de 20 a 45 anos de idade e a aplicação do programa com as técnicas de Yoga tiveram duração de três meses, com 50 minutos/aula para os praticantes, como para o grupo de controle, que serviu como parâmetro de comparação.

Questionários de avaliação clínica (qualidade de vida, depressão e ansiedade), com perguntas objetivas, foram interpretados por uma psicóloga da equipe de pesquisa. As técnicas de Yoga foram aplicadas em sequência estruturada, usando como referência, o Yoga Sutra de Patânjali, também conhecido como Ashtânga ou Oito Membros, onde se considera que os âsanas (postura físicas) são uma preparação para as técnicas meditativas e respiratórias, auxiliando na concentração e relaxamento ao final da prática.

Dados da OMS afirmam a importância de tratar o estresse

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse afeta hoje mais 90% da população mundial. Este fato preocupa a comunidade científica, uma vez que o estresse está associado à ocorrência de diversas doenças como patologias metabólicas, cardiovasculares, gastrointestinais, distúrbios do crescimento, câncer, depressão, distúrbios reprodutivos e doenças infecciosas.

As exigências da vida moderna, aliada às pressões e tensões do cotidiano profissional afetam a condição emocional, física e mental, interferindo na qualidade de vida, fazendo com que os indivíduos enfrentem crescentes problemas decorrentes do estresse moderno. Calcula-se que atualmente, o estresse atinge cerca de 60% dos executivos, sendo considerada a doença do século. Trata-se de um problema sócio –econômico que atinge pessoas ainda jovens, em idade produtiva e que geralmente ocupam cargos de responsabilidade, diminuindo sua capacidade produtiva e consequentemente gerando despesas diretas e indiretas.

Como a Yoga é um sistema filosófico-prático, que consiste em posturas físicas e respirações para harmonização do corpo e mente, e tendo evidências de que a execução regular dessa prática proporciona ao sujeito maior flexibilidade corporal, aumento da vitalidade, redução de pânico psicológico e redução de doenças cardiovasculares, o Yoga vem sendo uma das técnicas mais utilizadas para a diminuição dos efeitos nocivos do estresse.