20090926

Questão de Pele



Bem, é mais um manifesto do que uma recomendação.

Percebo que muitas vezes, a escolha das roupas utilizadas para a prática de Yoga (ou de outras atividades corporais/dançantes) pelas mulheres envolve um quê de se anestesiar, de privar-se parcialmente da sensibilidade que todos os terminais nervosos que existem nas 3 dimensões da pele: roupas justas, até mesmo apertadas, respaldadas pela tecnologia têxtil dos tecidos com elastano e uma certa mnemônica do espartilho.

[Empacotadas à vácuo, feito carne no freezer do hipermercado.
Ou uma outra (a)versão da mulher plástica = de plástico.

O velho hábito de desfazer em tiras o corpo feminino, tiras frouxas e tiras estranguladoras, as muitas formas da impotência.]

Eu sou fã dos tecidos inteligentes, com fibras que permitem a respiração e transpiração, com elasticidade e leveza, porém, preservo sempre um espaço entre minha pele e o 'pano', escolho as roupas a dedo, para que eu tenha conforto para o movimento e para me deixar envolver sem sufocar.

No momento de escolher o que vai envolver seu corpo, seu instrumento de percepção ao praticar, preste atenção se você se dá a escolha de manter a pele sensível, a circulaçao livre, a respiração à vontade da pele que se (in)veste em direção à veste que reveste a pele.

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