20100830

Pró - Seco II


Muita água, em pequenos goles ao longo de todo o dia, mais dentro que fora: não adianta hidratar o ambiente externo e esquecer do 'ser interior'.

O bom é hidratar os olhos com a umidade que vem do gelo dentro da toalha. Na impossibilidade, lavar os olhos com soro mesmo (ou 0,5l de água filtrada para cerca de 5g+1 colher rasa de chá de sal marinho), nada de colírio.

Narinas hidratadas de noite: a velha e boa inalação da vovó com água quente.

No sol a pino, proteção contra o sol.

20100815

Pró - frio


Mais uma onda de frio.

O frio é mais cruel quando não sabemos o que fazer com ele.

Além de roupas adequadas, podemos modificar nosso ambiente e nossa alimentação para que as mudanças intensas de temperatura para baixo não acabem com nosso bom humor.

Na prática, posturas em pé, torções, braços para cima, inversões.
Se um membro começar a formigar e 'dormir', melhor não permanecer, entrar e sair da postura.

No cotidiano, evitar ficar encorujado, mexa-se, se espreguice, isso ajuda a manter um maior relaxamento muscular, e músculo menos apertado esgana menos os capilares, o sangue flui e carrega nutrição e calor por todo o corpo. Prestar atenção nas partes do corpo que esfriam também ajuda: a atenção leva a consciência; 'iluminou', aquece. Respirar pelo nariz, um pouquinho mais lentamente, pra ajudar o ar a chegar limpo, úmido e bem aquecido nos pulmões.

No ambiente:
* cobertor por cima e por baixo: coloque um cobertor extra entre o colchão e o lençol;
* bolsa de água quente (ou similar) entre os lençóis, uns 15 minutos antes de se deitar.
*Não deixe a casa hermética mente fechada: deixe o sol entrar e o ar circular

Na alimentação:
* pimentas, gengibre natural ou seco com moderação no alimento, no chá;
* missoshiro, chás, sopas, água morna, salada quente crocante;
* muito líquido, que no frio podemos ficar desidratados com facilidade;
* suco verde. Aqui uma dica: quando esfria, tiro os vegetais da geladeira antes de dormir, para não ter que lidar com o caldo do suco gelado pela manha.

Pró - Seco

Ar com pouca umidade dificulta a respiração, pode fazer estacionar o muco no pulmão e favorecer as doenças do aparelho respiratório.

Procurar manter a hidratação por dentro, da pele de dentro (pulmão) e da pele de fora é uma alternativa viável e o ambiente.

Beber bastante líquido ajuda a recuperar a água perdida pelos tecidos do corpo. Suco verde, água de coco, sucos cítricos são as escolhas que mais me trazem resultados. As piores escolhas, na minha percepção, do mais pior para o menos pior: café, chá mate ou preto ou outro que tenha cafeína.

Grande engodo para garganta: balas de gengibre com sal ou açúcar, álcool.

Manter superfícies úmidas (toalhas) ou bacias com água podem ajudar a umidificar o ambiente, na ausência de um umidificador.

Por fim, lavar as narinas com uma solução de água morna e sal (meio litro de água filtrada = 1 colher de chá de sal marinho. Fazer uma concha com as mãos, colocar a água salobra na mão em concha e aspirar pela narina até chegar na raiz do nariz, trocar o lado. Repetir até a água acabar e assoar o nariz várias vezes com sopro firme e constante, não sopro forte) podem limpar e aliviar os sintomas do aparelho respiratório. Para quem faz pranayama, jala neti.

20100813

Voltar a morrer I - a relevância de Shavāsana

Shavāsana (às vezes escrito como Śavāsana - o Morto) é talvez a parte mais importante de uma prática de yoga. Ele serve a vários propósitos: física, espiritual e filosófico.

Após um grande esforço da prática, Shavāsana permite ao corpo uma chance de se re-organizar e repor-se. Depois de uma prática equilibrada, todo o corpo terá sido esticado, contraído, torcido e invertido. Isso significa que mesmo o mais profundo dos músculos terá a oportunidade de deixar sair, deixar fluir para esvaziar seus hábitos regulares, mesmo que apenas por alguns minutos.

Além disso, os benefícios fisiológicos do relaxamento profundo são numerosos e incluem: (1):
• uma diminuição da frequência cardíaca e da taxa de respiração.
• uma diminuição da pressão arterial.
• uma diminuição da tensão muscular.
• uma diminuição na taxa metabólica e no consumo de oxigênio.
• a redução da ansiedade geral.
• redução do número e freqüência de ataques de pânico.
• aumento nos níveis de energia e na produtividade geral.
• melhora na concentração e na memória.
• um aumento no foco.
• uma diminuição da fadiga, juntamente com o sono mais profundo e mais consistente.
• melhoria da auto-confiança.

Integração
Uma prática de yoga inteligente fornecerá o sistema nervoso com uma série de novas informações neuromusculares. Shavāsana dá ao sistema nervoso uma chance de integrar toda a novidade, de fazer uma breve pausa antes que o sistema nervoso seja forçado novamente a lidar com todas as tensões normais da vida diária.

Focalização Interna/Íntima
Depois de muito tempo para estar vinculado às ações do corpo, a consciência do praticante é auspiciosamente direcionada para o mundo íntimo e purgado da distração sensorial. Shavāsana torna-se então o início da prática de yoga mais profunda e meditativa. No estado de retração sensorial (pratyāhāara) torna-se mais fácil de ser consciente da respiração e do estado da própria mente. Embora não seja a melhor posição para contemplação e meditação prolongada (a posição deitada entorpece a mente desfavorecendo o tipo de discernimento necessário para atingir estados meditativos mais profundos ) isso pode ser uma introdução prática bem sucedida para as pessoas que ainda não estão prontas para a meditação formal.

A prática, na prática
A prática do yoga é uma forma de ritual. Independentemente do estilo de yoga, a maioria das aulas seguem o mesmo padrão (2). A aula começa com um curto período de abertura, uma preparação onde o praticante se concentra em si mesmo, buscando a observação do seu interior, longe do mundo mundano e fixando de uma intenção para a prática. Em sequência que vem a própria prática. E para terminar lá vem uma fase de integração, onde se permite que os efeitos da prática tomem posse do corpo-mente e penetrem profundamente no Self do praticante. Shavāsana é o veículo principal desse processo.

Lá do Blog do Witold, aos pedaços.

20100802


"Meu (...) objetivo é mostrar a relevância dos ensinamentos morais do Yoga para a humanidade contemporânea, especialmente à luz  da crise global atual. Sei que moralidade  é um termo da moda (...). Talvez seja precisamente a visível ausência de uma perspectiva moral em nossa sociedade ocidental contemporânea que torna algumas pessoas intolerantes em relação à própria palavra. (...)
Eu gostaria de iniciar dizendo que o Yoga não deve ser medido pelo charme de suas posturas físicas espetaculares, ou os estados fabulosos de meditação, que produzem tanto fascínio em nós, nos tempos modernos. (...)
O cerne do processo do Yoga, que conduz o praticante de um estado de existência inautêntica até o ser autêntico, não é glamuroso e prossegue por meio da transformação gradual e silenciosa do corpo-mente de cada pessoa e de sua vida diária. Assim, a base de toda prática genuína de Yoga, como de qualquer outra disciplina espiritual no mundo, reside no campo do comportamento moral. É impossível ser um bom yogue ou yoguinī sem ser também um indivíduo moralmente maduro."
George Feuerstein, em "As virtudes do Yoga: antigos ensinamentos para esta época de crise global", pag  15 e 16

20100801

Yoga <=> Dança

“Quem consegue ver ação
No que parece inação,
E ver inação na ação,
É na verdade o mais sábio”.
(Bhagavad Gita)

“Agitação emerge do Repouso
Repouso segue Agitação
...
Juntos no espaço, juntos no tempo
Repouso e Agitação”.
(Rudolf Laban)



"Como no Anel de Moebius, é justamente no não-dançar que reside a dança. O que ressoa em cada um de nós, pouco a pouco hipnotizados (ou, como diria Laban, encantados[3]) e contaminados de auto-percepção, é nosso próprio Corpo Desconhecido, pairando entre “corpo vivo” e “corpo morto”, nessa constante travessia do tempo não linear. A maneira corporal e feminina é esse abismo criativo assustador e irresistível, onde o conhecimento científico quantitativo dá lugar à sabedoria artística qualitativa. O importante é o como, não o quanto, ou o quê."

DEUS ME LIVRE DE SER ИѲЯMAL

"Hermógenes: Deus Me Livre de Ser Normal"
Direção: Marcelo Buainain
Co-produção: Marcelo Buainain, Ginga Filmes
TV Universitária do Rio Grande do Norte
Fundação Padre Anchieta - TV Cultura