20090209

Impermanência e Plasticidade



Plasticidade parece ter mais a ver com impermanência.

O corpo humano é todo plástico: todas as nossas células são substituídas e a cada 7 anos temos um corpo totalmente renovado. Os neurônios podem se recombinar, defazendo e (re)fazendo conexões, caminhos que cada vez que utilizamos são reforçados para pensar, para se movimentar. ( E o contrário vale para as conexões neurais que não são utilizadas, que se enfraquecem até se romper.)

Uma boa pista do refroço da manifestação da permanência no corpo parecem ser nossos hábitos cotidianos: o que comemos, o que e como fazemos, o que pensamos.

O que comemos modifica a química dos líquidos que existem em nosso corpo (sangue, linfa, enzimas, líquido intersticial e celular) e essa mudança pode ajudar ou atrapalhar os mecanismos de homeostase do organismo.

O que comemos também tem ação direta sobre o funcionamento de nosso cérebro: uma alimentação inadequada pode estimular o cérebro a funcionar freneticamente, gerando um excesso de estímulos que podem ser traduzidos no corpo como pensamentos repetitivos, ou pela produção excessiva de um ou mais neurotransmissores que podem estimular além do necessário os processos celulares ou a produção de enzimas e hormônios.

Quando nos observamos em momentos diversos, estamos nos dando um chance de distingüir a homeostase da permanência e de perceber a riqueza de nossa plasticidade.

Um bom lugar para treinar a auto-observação e praticar plasticidade integralmente é freqüentando práticas de Hatha Yoga, onde se aprende a observar o corpo todo (corpo-emoção-mente), novas sensações são provocadas que podem ou não serem aceitas e agregadas pelo praticante na rotina habitual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário