20090220

Quem sou eu?



A pergunta que o Yoga faz:

Quem é você?

Essa é a pergunta que junta os raios multicoloridos na luz branca da eternidade.

Esse é o jogo de indagar, mahā lilah dissimulado na vida, a ilusão de que tudo é separado.

É uma pergunta que costuma se mostrar abrangente, quase um continente. Ao menos por enquanto para mim, apesar de ter um tanto de experiências registrado, há no existir muitas possibilidades de perceber a pesquisar por vir.

Costumo observar que já temos a resposta, o que acontece pelo costume é que não fazemos a pergunta acertada.

E resolvi mudar a pergunta, passei a questionar:

Quem eu não sou?
Como eu não sou?

Fez efeito de bisturi de obsidiana em discernir (viveka) o que vem de mim ou vem a mim do que está com os outros.

Me perguntar 'Quem eu não sou? Como eu não sou?' tem efeito de desnudar as projeções, as minhas nos outros e as dos outros em mim.

Fica simples observar quando e como as projeções surgem, tanto as minhas sobre as pessoas como as das pessoas sobre mim.

Me trouxe liberdade de escolher como quero e se quero me relacionar através de projéteis (os atributos – qualidades ou defeitos - projetados). Me trouxe um entendimento não racional de que todos somos um (mas não somos os mesmos).

Essa autonomia me oferece a possibilidade de me desembaraçar das situações onde as pessoas se relacionam através de projéteis sem nenhum arranhão.

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